Os cariocas da Speaker Destroyer Machine literalmente chegam para destruir. Um termo ousado no mundo da música, mas Felipe Chumiga nos vocais, Marcelo Perrone na guitarra & backing vocais, Alex Mugiba no baixo e Hélio Silva na bateria chegam para oscilar sua audição com uma sonoridade surpreendente.
A safra musical da década de 1990, para o quarteto carioca apresentou bandas de sonoridades marcantes e autênticas o bastante para, até hoje, serem consideradas referências. A diversidade daquele período é a fonte de inspiração para a Máquina Destruidora de Alto Falantes, cujo single de estreia, 'Mitomaniac', condensa aquela característica aura, com peso, riffs e sujeira.
Começamos nosso papo entendo o porquê deste nome extenso e desafiador:
"O nome Speaker Destroyer Machine (Máquina Destruidora de Alto-Falantes) foi escolhido pela banda pois acreditamos que expressa, de forma clara e objetiva, nosso interesse de fazer um som calcado no barulho (noise), seja rock, metal, grunge, punk ou guitar. Outra coisa importante na escolha foi a possibilidade de usar abreviado no formato de sílabas: SxDxMx, como outras bandas que nos influenciam de maneira direta ou indireta: DxRxIx , RxDxPx, SxOxDx e DxFxCx, ,só para citar algumas, além de bandas clássicas noventistas de nossa cidade (Nova Friburgo/RJ) com essa tradição: SxTxIx, DxNxDx e PxDxGx. Além do mais, SxDxMx possibilita a mesma brincadeira que fazíamos com outras bandas siglas nos anos 90, ficar inventando nomes até onde a imaginação levar: SaDoMasoquistas, SoDoMitas, Somos Das Mamães e por aí vai. "
E as atividades da banda nestes dias complexos? Gostamos da resposta da banda, cheia de inciativa e propostas super agradáveis:
"Nos últimos meses temos ensaiado bastante e feito a pré-produção de nosso primeiro EP. No início de março tivemos a oportunidade de tocar na cidade de Macaé/RJ com nossos irmãos do Reator Caos - a resposta por parte da galera foi sensacional. Gostamos muito de ter tocado lá. Iríamos iniciar a gravação do nosso EP por volta da primeira quinzena de março, quando foi decretado o isolamento em todo país, o que por hora teve de ser adiado. No momento, estamos procurando divulgar ao máximo virtualmente nosso primeiro single "Mitomaniac" que foi lançado em fevereiro e estamos ansiosos para poder retornar ao estúdio Dead Bird e gravar, finalizar nosso EP. Serão quatrosons inéditos e com a gravação do nosso guitarrista Marcelo Perrone e produção/mixagem e masterização do Jorge Guerreiro, parceria essa que deu muito certo no primeiro single e pretendemos continuar. Será lançado no formato virtual, não sabemos ainda por qual selo, e em vinil 7" pela Käskä Kröstä Räkördz."
E a amizade, junto a fome de montar um projeto inovador é o grande motivacional e diferencial da banda:
"Nosso diferencial está no fato de termos demorado mais de vinte anos para começar fazer algo juntos. Nos conhecemos há muito tempo, tocando em outras bandas e só conseguimos nos juntar e começar compor, ensaiar em abril/maio de 2018. Mesmo trazendo elementos novos, nosso som é datado e é o que queremos fazer, podemos dizer que essa é a nossa verdade."
"A maior influência da banda, sem sombra de dúvidas é o Helmet, e todas bandas da década de 90 que transitaram entre o Metal Alternativo, Rock Noise, Industrial e Hardcore como: Melvins, Eyehategod, Biohazard, Snapcase, Crowbar, Ministry, Godflesh, Fudgel Tunnel e Nailbomb. Algumas bandas atuais nos chamam a atenção e também acabam por nos influenciar, são elas: Whores, Wrong, Metz, Drug Church e Clan dos Mortos Cicatriz."
Sendo assim, podemos conferir agora o primeiro single da banda, apresentado por eles mesmos:
"Mitomaniac é nossa primeira música. Traz um riff antigo do nosso guitarrista que, juntos, condensamos e transformamos em uma amálgama sonora, massante, repetitiva e caótica. A letra fala sobre mentirosos e até onde a mentira pode levar."
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