Hoje apresentamos no quadro "A banda do momento" um grupo de um homem só. Lulu Batera como o próprio nome diz, comanda a cozinha dos músicos, a bateria. Diretamente da terra do feeling e do acarajé, o morador do Recife nos conta de onde veio seu nome artístico: "esse nome veio depois de umas brincadeiras, com os músicos da banda de reggae que eu tocava. Cara, faz muito tempo. Eu tinha cabelo grande e, quando eu tocava, eu amarrava ele na cabeça, os músicos da banda ficavam brincando de “Luluzinha” e dai surgiu o Lulu Batera."
Ele nos atualiza inclusive, como está sua situação diante do COVID-19: "está muito complicado, com essa questão da quarentena que estamos vivendo, por conta do coronavírus, os shows acabaram, não tem nada. Foi então que eu decidi lançar o meu disco solo, primeiro nas mídias digitas, para poder aproveitar que tem muita gente em casa na quarentena."
O músico trabalha a divulgação do seu disco solo, repleto de convidados, e perguntamos então ao batera, o que diferencia ele dos demais, e ele nos responde: "eu não consigo ver dessa forma, de ter algo que outro não tenha. Mas eu busco muito ser uma pessoa do bem, um músico massa, que as pessoas respeitem. Eu gosto muito de respeitar o ambiente que eu estou trabalhando, os músicos e principalmente a música. Eu não me acho um super batera, ou um cara de técnicas diferenciadas. Mas eu sou muito feliz com a percepção que eu tenho com meu instrumento."
E sem titubear, Lulu Batera nos conta sobre suas influencias nas baquetas: "É sempre muito difícil responder essa pergunta, porque tem muitos músicos que eu adoro. Quando eu era mais novo, tinha um monte de batera que eu curtia, eu escolhia um e passava um mês praticamente só assistindo vídeos dele… depois trocava para outro batera. Mas tem muita gente massa, como: Augusto Silva, Ebel Perreli, Mike Terrana, Ivan Busic, Amilca Cristofaro, Neil Peart e etc…"
Um batera repleto de amigos da cena, realmente não poderíamos deixar de perguntar a ele sobre a opinião a respeito da cena musical brasileira:"Realmente, é muito complicado. Mas hoje temos muita coisa que nos ajuda, porém ainda é muito complicado para quem faz autoral, ainda mais de forma independente. Porém, a luta continua! Tem muitas formas massa de divulgar seu trabalho. Mas o primeiro ponto, e crucial, é ter um bom trabalho."
"Eu hoje sou muito feliz com as conquistas que a música me trouxe: muitos amigos, shows, trabalho e realizações de sonhos. É muito difícil viver da música em um país que não valoriza o músico em si. Tenho diversos amigos que vivem de música e que sim, conseguem ter uma estabilidade. Porém, à custa de muito trabalho e determinação. Quando focamos nossa energia nisso, os resultados aparecem. Hoje, eu sou endorse de marcas que eu sempre sonhei um dia poder representar. Eu hoje sou: Pearl Brasil, Orion Cymbals, Baquetas Liverpool, KA Drum Brasil, Power Click, Cajon Percusion, Gbags e Barbearia 12 de outubro. Estou lançando meu primeiro CD Solo o: “ On the Road”, que tem participações de músicos como: Robertinho do Recife, Antônio Araújo (Korzus), João Marquee e muito mais."
Com um cartel brilhante e cheio de referencias, convidamos então ao músico nos apresentar o seu trabalho de inéditas, tentando indicar qual música é o cartão de visitas: "Na boa, todas as músicas do meu disco. Porque eu sei a batalha que foi poder fazer essas músicas e poder gravar, registrar e contar com músicos que eu sou muito fã. Todas as vezes que eu escuto esse disco, me passa um filme de um ano e meio de muito luta, muito sofrimento e lágrimas, mas está aí. Por isso que ele representa muito para mim. Porém, se eu tiver que escolher, colocaria Made in Recife: pelo significado do todo. Um álbum feito em Recife, por um baterista Recifense." Com vocês, Lulu Batera, no Metal Etílico:
0 comentários:
Postar um comentário