Recentemente entrevistamos Caio Botrel da banda Black Crow Feather. Confira agora os bastidores desse projeto inovador:
Caio de onde veio a inspiração para criar O Black Crow Feather? E porque desse nome para batizar o projeto?
Caio Botrel: Antes de tudo, gostaria de agradecer pela oportunidade de participar de um projeto tão importante para o cenário nacional, que é o Metal Etílico.
Bom, a inspiração surgiu no início de 2016 logo após eu ter deixado a banda paulista Final Disaster. Na época eu estava ouvindo diversas bandas diferentes e isso me motivou a tentar criar uma sonoridade diferente, criar um projeto onde eu teria liberdade total para me expressar como artista e pessoa. A intenção foi sempre fazer um projeto de Metal, porém aberto a diferentes influências.
Inicialmente o projeto se chamaria The Black Crow, pois tenho um fascínio por corvos e a sua posição na literatura, filmes e mitologia é bem interessante e diversa. Porém, durante uma conversa com o Kito Vallim (Final Disaster/HellArise), comentei sobre o nome Black Crow Feather e imediatamente nós descobrimos que seria o nome ideal para representar a intenção do projeto.
Conte mais sobre o processo de formação do projeto através da rádio O Subsolo?
Caio Botrel: Foi um dia bacana, haha! Eu faço parte da equipe do blog O Subsolo e um dia recebi um convite do Wendel e Maykon para participar de um programa que seria com o Wallace (Aneurose) já que somos amigos e nos conhecemos há alguns anos. Porém, o Wall teve um problema e não conseguiu participar, aí o Kiko Ciociola (Aneurose) assumiu o programa. Conversamos um pouco nos bastidores e nos conhecemos brevemente, mas durante o programa o Wendel resolveu perguntar sobre o projeto e assim que terminei de falar, o Kiko disse que se precisasse de um baterista ele toparia tocar comigo... então foi bem divertido e inesperado a entrada do Kiko no BCF. Felizmente isso está gravado e disponível em algum lugar da internet, haha.
Como as experiência anteriores em outras bandas e projetos fortaleceram a ideia de inovação do Black Crow Feather?
Caio Botrel: Acredito que a bagagem que eu adquiri tocando em bandas e projetos diferentes tenha sido de extrema influência para o surgimento inicial do Black Crow Feather, pois as experiências que vivenciamos como artista e pessoa criam marcas e se tornam parte de nós.
Toquei em uma banda de Dark Metal chamada Spleenful e tive muito contato com orquestrações, literatura e música clássica durante esse período e logo após eu recebi um convite para me juntar ao Final Disaster, onde acredito ter evoluído muito como compositor e artista e ter visto que é possível desenvolver uma sonoridade diferente dentro de um estilo que muitas vezes se torna repetitivo. Então, todas essas experiências fizeram eu ter essas ideias para criar o BCF.
Quais gêneros musicais estão sendo envolvidos ao metal na construção dessa nova sonoridade? Quais resultados legais obtiveram?
Caio Botrel: Não acho que consiga responder essa pergunta ao pé da letra. Nós estamos criando música sem nos limitarmos ao Metal, então pode ter um pouco de cada coisa.
Acredito que tudo que nós estamos fazendo esteja acontecendo de modo natural, mas para citar um exemplo, eu estou compondo algumas partes em um violão acústico com cordas de nylon que tem uma grande influência de música clássica. O Kiko estava trabalhando em alguns títulos tradicionais brasileiros em cima de riffs que beiram o Black Metal.
Nós recebemos alguns resultados legais, como descobrir que conseguimos fazer uma sonoridade nova sem que soe como uma colcha de retalhos. A realidade é que não há muito o que se explicar, apenas aguardem o lançamento do primeiro single e esperamos que gostem do que estamos fazendo.
Como está sendo a participação e a seleção dos músicos que estão participando do projeto?
Caio Botrel: O Kito Vallim entrou no BCF e deve participar da criação e gravação das músicas como compositor, vocalista e baixista. Ele não é um membro oficial, mas é o terceiro membro haha.
Para o primeiro single nós vamos ter a participação de um amigo da Finlândia, que já excursionou com bandas como Ensiferum, Wintersun, Turisas e Korpiklaani. Talvez isso seja uma dica do que está por vir em nosso primeiro single...
Fale um pouco sobre o primeiro single que está por vir? O que o público pode esperar desse trabalho? De onde vem as ideias para as orquestrações, melodias, vocais limpos misturados com guturais?
Caio Botrel: O primeiro single é um pouco mais técnico e sombrio. Acredito que vá mostrar a personalidade do projeto é um pouco do que está por vir nos próximos trabalhos.
As ideias surgem de qualquer lugar. Às vezes posso estar no trânsito e surgir alguma melodia, letra ou riff em minha mente, então eu tento gravar isso em meu celular e quando chego em casa eu reproduzo o que está gravado e a partir daí tento encontrar algo que me satisfaça. Envio para o Kiko e Kito e todos opinam, inserem suas partes e assim nós vamos escrevendo as músicas.
Será épico, aguardem! \m/
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